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Indústria da China encolhe pelo terceiro mês, mas sinais de recuperação animam mercado

PMI industrial sobe para 49,7 em junho, indicando contração mais branda e efeitos positivos das medidas de estímulo; setor ainda enfrenta desafios com exportações fracas e pressões deflacionárias.

A atividade industrial da China registrou queda pelo terceiro mês consecutivo em junho, mas em ritmo mais moderado, sinalizando que os estímulos implementados desde o fim de 2024 começam a surtir efeito. De acordo com dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI), divulgados nesta segunda-feira (10) pelo Escritório Nacional de Estatísticas, o indicador subiu de 49,5 em maio para 49,7, em linha com as projeções de mercado. Apesar do avanço, o índice segue abaixo da marca de 50, que separa crescimento de retração.

Segundo economistas, o cenário ainda inspira cautela. A confiança das empresas segue moderada, enquanto o subíndice de novos pedidos de exportação permanece em território negativo há 14 meses seguidos, subindo levemente de 47,5 para 47,7 em junho. O dado reflete os efeitos das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, que seguem afetando o desempenho externo da indústria chinesa.

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Em contrapartida, a demanda interna começa a mostrar sinais de recuperação. As novas encomendas domésticas passaram de 49,8 para 50,2, enquanto os volumes de compras avançaram de 47,6 para 50,2, superando a linha de estabilidade. O economista Xu Tianchen, da Economist Intelligence Unit, destaca que junho foi o primeiro mês completo sem as tarifas proibitivas de 100% dos EUA, o que pode ter contribuído para esse leve respiro no setor.

Entretanto, o nível de emprego industrial piorou, destoando dos demais indicadores, o que mantém acesos os pedidos por novos estímulos por parte do governo chinês. Para Zichun Huang, da Capital Economics, embora a economia esteja recuperando algum fôlego, as tensões com o Ocidente e a fragilidade do setor imobiliário ainda devem limitar uma retomada mais sólida.

O PMI não manufatureiro, que inclui os setores de serviços e construção, teve leve alta de 50,3 para 50,5. A queda na atividade de alimentos, hotelaria, turismo e logística foi compensada pelo avanço da construção civil, cujo PMI saltou para 52,8, maior nível em três meses, segundo Zhao Qinghe, estatístico sênior da agência oficial de estatísticas.

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