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China enfrenta deflação pelo quarto mês seguido e pressões sobre a economia

Índices de preços ao consumidor e ao produtor recua em maio, aumentando os desafios para a recuperação econômica chinesa.

A economia chinesa voltou a registrar deflação em maio, com os preços ao consumidor caindo pelo quarto mês consecutivo. Segundo dados oficiais, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) recuou 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Embora a queda tenha sido ligeiramente menor que a esperada pelos analistas, que projetavam um recuo de 0,2%, ela reforça o sinal de fraqueza da demanda interna.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI), que mede os preços no atacado, apresentou queda ainda mais acentuada, com retração de 3,3% na comparação anual. Essa é a pior leitura em quase dois anos, refletindo os efeitos da queda nos preços das commodities, como minério de ferro, soja e milho, além de estoques elevados e a demanda industrial ainda fragilizada.

Desde outubro de 2022, os preços no atacado permanecem em território deflacionário, sinalizando que o setor produtivo continua pressionado. A queda persistente dos preços tem impacto direto sobre os lucros das indústrias e a confiança do setor privado, dificultando investimentos e contratações.

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Em resposta à desaceleração econômica, o governo chinês adotou uma série de medidas de estímulo no mês de maio. Entre elas estão cortes nas taxas de juros, redução na exigência de reservas bancárias e a liberação de um pacote de empréstimos no valor de 500 bilhões de yuans com o objetivo de impulsionar o crédito e incentivar o consumo doméstico.

No comércio exterior, as exportações chinesas cresceram 4,8% em maio, desacelerando frente aos 8,1% registrados no mês anterior. O desempenho foi afetado principalmente pela forte queda das vendas para os Estados Unidos, que recuaram 34% no período. O impacto das tarifas comerciais elevadas impostas por Washington tem sido um fator adicional de pressão sobre o setor externo chinês.

Apesar de um acordo preliminar recente entre China e Estados Unidos, que resultou na redução de tarifas de ambos os lados, o ambiente econômico permanece desafiador. Especialistas apontam que, sem uma retomada consistente do consumo interno e estabilidade nos preços, a economia chinesa continuará vulnerável aos riscos deflacionários e às tensões comerciais globais.

A conjuntura atual reforça a necessidade de um equilíbrio delicado entre estímulos fiscais e monetários e uma gestão cautelosa das relações internacionais para sustentar o crescimento nos próximos trimestres.

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