O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, nesta quinta-feira (11), manter inalteradas suas principais taxas de juros, em linha com as projeções do mercado. Com isso, a taxa de depósito segue em 2%, a taxa de refinanciamento em 2,15% e a de empréstimos em 2,40%. A decisão ocorre após o ciclo de flexibilização iniciado em 2023, que resultou em oito cortes consecutivos.
A opção pela estabilidade monetária reflete o equilíbrio delicado entre a inflação e a atividade econômica na zona do euro. Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) anual avançou para 2,1%, levemente acima da meta oficial do BCE. Apesar disso, analistas avaliam que o dado não altera a estratégia de “espera” da instituição, que busca avaliar os impactos dos cortes anteriores antes de novos ajustes.
O tom cauteloso também é influenciado pelo aumento das tensões geopolíticas. A escalada dos ataques russos contra a Ucrânia e a instabilidade política na França, com a queda do governo do primeiro-ministro François Bayrou, adicionam incertezas ao cenário. Além disso, seguem as dúvidas sobre os efeitos do recente acordo comercial firmado com os Estados Unidos.




