A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% nos três meses encerrados em agosto, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (30). O resultado, que repete o registrado no trimestre até julho e marca a mínima da série histórica iniciada em 2012, veio em linha com as projeções de economistas consultados pela Reuters.
Em comparação ao trimestre até maio, quando o desemprego estava em 6,2%, houve melhora significativa. No mesmo período de 2024, a taxa havia sido de 6,6%, o que representa uma queda de 14,6% em um ano. O número absoluto de desempregados recuou 9% em relação ao trimestre anterior, alcançando 6,084 milhões de pessoas – também o menor patamar da série.

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O total de ocupados chegou a 102,4 milhões, alta de 0,5% no trimestre e de 1,8% em relação ao ano anterior. Entre os trabalhadores do setor privado com carteira assinada, o contingente atingiu recorde de 39,1 milhões, enquanto os sem carteira avançaram 0,5%. No setor público, o destaque ficou com a educação, especialmente a pré-escolar e fundamental, que impulsionou contratações temporárias.
A resiliência do mercado de trabalho, com renda média real de R$ 3.488, alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior, reforça o consumo das famílias. No entanto, esse cenário também mantém o Banco Central em alerta, já que a manutenção de um mercado aquecido tende a pressionar a inflação, sobretudo no setor de serviços. A Selic foi mantida em 15% neste mês, e a autoridade monetária sinalizou que seguirá avaliando se esse patamar será suficiente para conter os preços.