A criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos perdeu força em agosto, reforçando os sinais de desaceleração do mercado de trabalho. Segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP, desenvolvido em conjunto com o Stanford Digital Economy Lab, foram abertas 54 mil vagas no mês, após 106 mil em julho. O resultado ficou aquém da projeção de economistas consultados pela Reuters, que esperavam 65 mil novos postos.
O desempenho fraco antecede a divulgação do relatório oficial de emprego (payroll) pelo Departamento do Trabalho, marcado para esta sexta-feira, e intensifica as preocupações sobre o ritmo da atividade econômica. Em paralelo, um levantamento da Challenger, Gray & Christmas mostrou que os anúncios de demissões somaram 85.979 em agosto, avanço de 39% em relação ao mês anterior e o maior volume para o período desde 2020.
De acordo com analistas, a redução no ritmo de contratações reflete maior cautela das empresas diante de demanda mais fraca e incertezas no cenário econômico. O “Livro Bege” do Federal Reserve já havia destacado essa postura de hesitação nas contratações, enquanto o governo informou que, em julho, pela primeira vez desde a pandemia, o número de desempregados superou o de vagas disponíveis.
