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China mantém taxas de empréstimo em meio à trégua comercial com os EUA

Decisão sinaliza cautela de Pequim após medidas anteriores de estímulo e redução nas tensões bilaterais.

O governo chinês manteve inalteradas suas taxas referenciais de empréstimos nesta sexta-feira (21), conforme amplamente previsto por analistas, reforçando a estratégia de cautela monetária após um recente ciclo de flexibilização. A Taxa Primária de Empréstimo (Loan Prime Rate, ou LPR) de um ano seguiu em 3,00%, enquanto a de cinco anos permaneceu em 3,50%, segundo anúncio oficial do Banco Popular da China (PBoC).

A decisão ocorre em um momento de aparente distensão nas relações comerciais entre China e Estados Unidos, após um acordo preliminar firmado neste mês em Londres sobre uma nova estrutura para as trocas bilaterais. A trégua reduziu a urgência por novos estímulos econômicos no curto prazo, ainda que o cenário global siga marcado por incertezas.

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Segundo analistas consultados pela Reuters, a expectativa consensual era de manutenção das taxas, após o corte das LPRs em maio, o primeiro desde outubro do ano passado, e o recente movimento de grandes bancos estatais chineses para reduzir as taxas de depósito. As ações anteriores tinham como objetivo aliviar o custo dos empréstimos em meio ao impacto prolongado da desaceleração da economia e da disputa comercial com os EUA.

A LPR de um ano serve como referência para a maioria dos empréstimos corporativos e de consumo na China, enquanto a taxa de cinco anos é a base para a precificação de hipotecas. A estabilidade dessas taxas indica que as autoridades monetárias preferem aguardar os efeitos das medidas já implementadas, preservando espaço para eventuais estímulos futuros diante de eventuais choques externos ou riscos domésticos.

Apesar do alívio recente no front comercial, analistas alertam que os desafios estruturais da economia chinesa persistem, incluindo o enfraquecimento do setor imobiliário e as tensões geopolíticas que ainda podem ressurgir.

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