O Brasil abriu 148.992 vagas formais de trabalho em maio deste ano, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (10) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número resulta de 2.256.225 admissões e 2.107.233 desligamentos, evidenciando um mercado de trabalho ainda resiliente, mas abaixo das expectativas.
Economistas ouvidos pela Reuters previam a criação líquida de 179 mil vagas, o que torna o dado de maio uma surpresa negativa para o mercado, apesar da alta em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram abertos 139.557 postos. O desempenho também ficou atrás do registrado em maio de 2023, quando o saldo foi de 156.193 empregos formais criados.
No acumulado de 2025, o saldo de empregos formais chegou a 1.051.244 vagas, ligeiramente abaixo do registrado no mesmo período de 2024, que somou 1.105.385 novos postos de trabalho. Ainda assim, todos os cinco principais setores da economia apresentaram saldos positivos no mês.

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O destaque ficou com o setor de serviços, que criou 70.139 vagas, seguido por comércio (23.258), indústria (21.918), agropecuária (17.740) e construção (16.678). Os dados são preliminares e ainda podem sofrer ajustes nos próximos meses.
Na análise por estado, o Acre liderou a geração proporcional de empregos com alta de 1,24% em relação a abril. Já o Rio Grande do Sul, fortemente impactado por eventos climáticos recentes, teve o pior desempenho e registrou estabilidade, sem avanço significativo nas contratações.
Embora o saldo do mês seja positivo, a frustração com a projeção e a desaceleração no ritmo de criação de vagas acendem um sinal de alerta para os próximos meses. Especialistas apontam que, embora o mercado de trabalho ainda esteja em expansão, o impulso da economia pode estar perdendo força em um ambiente de juros altos e incertezas fiscais.