Atividade econômica do Brasil cresce 0,4% em agosto, mas ritmo segue abaixo do esperado

A economia brasileira voltou a registrar crescimento em agosto, interrompendo uma sequência de três quedas mensais, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, avançou 0,4% em relação a julho, em dado dessazonalizado. O resultado, porém, veio abaixo da projeção de alta de 0,6% esperada por analistas consultados pela Reuters. Na comparação com agosto de 2024, o indicador subiu apenas 0,1%, acumulando alta de 3,2% nos últimos 12 meses. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pela indústria, que cresceu 0,8% no mês, e pelo setor de serviços, que avançou 0,2%. A agropecuária, por outro lado, recuou 1,9%, limitando a recuperação da atividade. Clique aqui para começar a investir com quem entende O mês de agosto foi marcado por tensões no comércio internacional, após os Estados Unidos implementarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como carne, café e frutas. Ainda assim, os dados econômicos mostraram resiliência: a produção industrial subiu 0,8%, as vendas no varejo avançaram 0,2%, e o setor de serviços engatou o sétimo mês seguido de crescimento. Apesar dos sinais de retomada, o ambiente doméstico segue desafiador. A taxa Selic permanece em 15% ao ano, após decisão recente do Banco Central de manter o aperto monetário por um período prolongado para conter a inflação. Esse cenário de juros elevados continua freando o crédito e a expansão do consumo. De acordo com a pesquisa Focus, a projeção do mercado para o crescimento do PIB é de 2,16% em 2025, com desaceleração para 1,80% em 2026 — refletindo a cautela dos investidores diante das incertezas fiscais e do cenário global. Quer saber como isto afeta os seus investimentos? Converse agora com um assessor de investimentos da Allure Capital e descubra!